RIO - Bruno Barcellos de Souza Coutinho, de 34 anos, sobreviveu após atirar acidentalmente um arpão contra a própria face em Petrópolis, Região Serrana do Rio.
De acordo com informações do G1, da TV Globo, ele limpava o equipamento de pesca na noite de domingo, quando foi atingido no olho esquerdo e teve o crânio perfurado. Bruno, no entanto, só foi socorrido na segunda-feira, após sua tia ter acionado o Corpo de Bombeiros. Ele ficou com o arpão em sua cabeça por mais de 10 horas. Sua única sequela foi perder a visão num dos olhos.
De acordo com o informações do Hospital Santa Teresa, onde ele está internado, não há previsão de alta. Bruno deu entrada na unidade lúcido, na tarde da segunda-feira. No mesmo dia, ele passou por uma cirurgia de emergência para a retirada do artefato. Na terça-feira ele passou por uma segunda cirurgia para tentar preservar o globo ocular de Bruno, que perdeu a visão no olho esquerdo.De acordo com a equipe médica, no entanto, o artefato não atingiu nenhum vaso cerebral.
"A situação é toda incomum: por ser um artefato de pesca submarina numa cidade que não tem praia; o acidente no dia anterior à vinda para o hospital e o fato do objeto passar por zonas menos nobres, mas não neutras", afirmou ao G1 o chefe da neurocirurgia do hospital, Dr. Orlando Maia.Vergalhões e arpão
Em 2012, um operário foi atingido na cabeça por um vergalhão que despencou do quinto andar do prédio em que ele trabalhava, uma obra em Botafogo, e sobreviveu. O pedaço de ferro, de dois metros de comprimento, atravessou o capacete de Eduardo Leite, perfurou o cérebro e saiu pela região entre os olhos, acima do nariz. O impacto foi de 300 quilos. Os bombeiros cortaram uma parte do vergalhão no local do acidente e levaram o ferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde a vítima, para espanto de todos, chegou falando normalmente.
Menos de um mês depois o operário Francisco Barroso foi atingido no pescoço numa obra em Copacabana.Francisco caiu em cima do vergalhão quando trabalhava em uma obra irregular na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Um pedreiro de uma obra vizinha ajudou a socorrer a vítima e serrou parte do ferro antes da chegada dos bombeiros.
Em 2009, um homem foi atingido na cabeça por um arpão ao mergulhar na Ilha do Governador. Emerson de Oliveira Abreu foi socorrido no Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense, onde chegou lúcido e sobreviveu. O arpão que feriu o mergulhador teria partido do equipamento da própria vítima. Emerson praticava sozinho a caça submarina quando disparou o arpão, que resvalou numa pedra e voltou em direção à sua cabeça.
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