A forte queda recente das ações de empresas pertencentes ao megaempresário Eike Batista fez com que ele deixasse a lista dos 100 mais ricos da Bloomberg na última quarta-feira (6).
Isso mostra que o outrora 8º mais rico do mundo agora detém um patrimônio de menos de US$ 10,8 bilhões, cerca de três vezes menos que o auge, quando a fortuna de Eike era de US$ 30 bilhões.
O ranking da Bloomberg agora conta com apenas três brasileiros. O melhor colocado é Jorge Paulo Lemann, da Ambev (AMBV4) e Lojas Americanas (LAME4), na 38ª posição, com US$ 18,9 bilhões, Dirce Camargo, da Camargo Côrrea e CCR (CCRO3) na 62ª posição com US$ 14,2 bilhões e Joseph Safra, do banco Safra, que atinge a 88ª posição com US$ 11,9 bilhões. Na última sessão, apenas Dirce mostrou aumento em seu patrimônio, em US$ 59,9 milhões. Lemann teve perdas de US$ 267,4 milhões.
O megaempresário viu mais um dia de queda de suas empresas na BM&FBovespa - embora os papéis tenham se recuperado ao longo da sessão -, após a saída de Otavio Lazcano do cargo de CFO (Chief Financial Officer) do Grupo EBX. O executivo havia assumido o cargo há apenas seis meses.
Os papéis da OGX Petróleo (OGXP3) recuaram 1,59%, aos R$ 3,71, enquanto a LLX Logística (LLXL3) caíram 2,36%, atingindo os R$ 2,07, A MPX Energia (MPXE3) teve perdas de 1,20%, aos R$ 9,88, enquanto a OSX Brasil (OSXB3) perdeu 11,62% de valor de mercado, atingindo os R$ 7,00. A MMX Mineração (MMXM3) teve perdas de 0,61% aos R$ 3,25 e a CCX Carvão (CCXC3) registrou queda de 1,66% aos R$ 3,55. Esta última empresa deveria estar com as ações menos voláteis, já que Eike Batista sinalizou a intenção de fechar o capital através de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) ao preço de R$ 4,31 por ação.
Esses valores fazem com que o valor de mercado das empresas de Eike tenham queda de 2,42% somente na última quarta-feira, indo de R$ 24,43 bilhões para R$ 23,84 bilhões. Contabilizando a participação direta de Eike em cada uma das empresas, de acordo com os últimos dados disponíveis pela BM&FBovespa, sua fatia cai de R$ 14,33 bilhões para R$ 13,94 bilhões - queda de R$ 395 milhões. Esse valor equivale à cerca de US$ 200 milhões, de acordo com a cotação desta sexta-feira.
O que acontece com o bilionário?
O grupo EBX se vê pressionado há bastante meses, desde que a OGX anunciou produção de petróleo abaixo do esperado. Desde então, mesmo com promessas de capitalização com o próprio bolso, as empresas do megaempresário desabaram na BM&FBovespa. Eike, que era o homem mais rico do Brasil até seis meses atrás.
Mesmo o aumento de produção no mês de janeiro não aliviou as cotações da OGX, principal empresa do grupo - que operam em patamares antes vistos apenas em 2008. A falta de credibilidade do grupo, com atrasos e problemas operacionais, tem atrapalhado todas as empresas do grupo - analistas de mercado chegam a falar de risco "X". Contudo, os projetos de Eike Batista continuam em andamento, e aos preços atuais, há quem os considere bons investimentos para o longo prazo.
fonte:yahoo
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