Apesar das inúmeras vantagens, a camisinha quase sempre é mal vista pelos casais, mas isso está para mudar após a invenção de três pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, que criaram um preservativo que gera pequenos impulsos elétricos para provocar maior prazer.
Criado por alunos de doutorado do instituto, o objetivo do brinquedo erótico é desenvolver uma tecnologia sexual que permita às pessoas imitarem os desenhos de seus próprios brinquedos ou construir novos. Além disso, eles acreditam que a inovação irá ajudar a diminuir a quantidade de pessoas que evitam usar os preservativos de borracha.
Chamado de "The Electric Eel", ou "A Enguia Elétrica", em Português, Andrew Quitmeyer, um dos criadores, contou nesta quarta-feira à Agência Efe, que o protótipo, que a primeira vista parece uma meia, é formado por um tecido condutor colocado no pênis e preso com um velcro. O produto possui um microcontrolador e, uma vez carregado, pode ser colocado na roupa, passando a enviar curtos impulsos elétricos de baixa intensidade, e estimulando a região.
Os criadores o definem como um "conceito de preservativo" digital de código aberto para melhorar o prazer sexual, embora ressaltem que não evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis ou a gravidez.
"Não prevenirá doença, mas pode nos ajudar a desenvolver preservativos reais com eletrodos", acredita Quitmeyer.
Segundo ele, o dispositivo é financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. A organização realizou o projeto "Grandes Desafios para a Saúde Global", no qual premiou as melhores invenções da "Nova Geração de Camisinhas".
A instituição custeou as criações de 13 finalistas em novembro do ano passado para desenvolver seus projetos, que têm sempre o mesmo objetivo: descobrir uma maneira de tornar os preservativos mais agradáveis e mais fácies de usar.
Após duas semanas de trabalho na "Enguia Elétrica", os pesquisadores garantem que a efetividade e segurança foram comprovadas por eles mesmos, e garantem que o uso é prazeroso.
"Este é apenas um dos muitos desenhos que estamos fazendo para nossa companhia, a Comingle.io ", diz Quitmeyer.
Ele, Firaz Peer e Paul Clifton, que também participam da criação, fundaram a empresa, e já começaram a comercializar o dispositivo no site. O brinquedo sexual custa US$350 (cerca de R$820), e, com a venda, o trio espera arrecadar fundos para garantir a continuidade da companhia.
"Nosso objetivo final é criar brinquedos eróticos de código aberto para que as pessoas possam construir elas mesmas", revela Quitmeyer.
Ele explica que o site se baseia na filosofia "DIY" ("Faça você mesmo") aplicada à tecnologia sexual. Para isso, eles compartilharão os códigos dos desenhos e proporcionarão as peças necessárias para construir os brinquedos eróticos ou criar novos.
Por enquanto, eles ainda estão em fase inicial de pesquisa e desenvolvimento, mas anunciam que, assim que conseguirem mais financiamento, partirão para "objetivos maiores". EFE
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